Fazemos parte de algo muito maior que nós mesmos... neste século sente-se uma tendência geral em tentar descobrir o que vai para além do corpo humano, o que vai para além do físico, e tentamos encontrar-nos num outro patamar de consciência. New Age chegou em força, contra uma tendência materialista da humanidade - vamos reaprender a ser humanos, não como separados da Natureza, mas como membros desta maravilha que são as Forças do Universo.

segunda-feira, março 01, 2010

Água, há sólida, liquida ou gasosa - take your pick (Continuação)


Namasté e bem-vindos,
Vou aqui continuar a falar de mais ulguns estilos e elementos da Dança Oriental, a minha forma pessoal para me sentir conectada com algo mais etéreo, sentir-me mais zen, mais feliz.
Falei-vos maioritariamente de dois estilos de dança - o folclórico e o tribal fusion. Para facilitar a categorização da tão grande variedade desta modalidade (se tal categorização for possível), acho que não é errado dizer que a dança se pode dividir em três grandes categorias, que combinadas de formas diferentes dão origem à tão imensa variedade.
As 3 categorias são:
1- Estilo
2- Música
3- Objectos
No último post falei de dois estilos, agora vou me concentrar mais nas outras duas categorias, e mais tarde exemplificar como estes elementos se podem misturar. Todos sabemos que a música afecta o estilo de dança. Se estiveres a ouvir música mexida, vais começar a dançar mais energéticamente. Há músicas com caracteristicas especificas para o estilo de dança que se pretende, o estilo mais electrónico para tribal fusion, como disse no último post, mas há outras músicas que se diferenciam principalmente pelo ritmo e que podem ser usadas para os diferentes estilos. Em termos de ritmo, temos dois tipos de música diferentes (que eu me lembre, certamente haverão mais) - balladi e derbak.
Balladi lembra, e com razão, a palavra portuguesa "balada" - trata-se de uma música muito melodiosa, mais lenta, lembra quase um choro ou um suspiro de amor.
Derbak tem mais ritmo, e esta música é facilmente reconhecível pelo troar de vários tambores, vários ritmos, normalmente acelerados.
Agora falando de objectos - o mais conhecido é o sensual véu, aquele belo tecido translúcido que nos transporta quase automaticamente para as lendas mouriscas e para as 1001 noites. No entanto, há muito mais variedade do que isso, de outra forma não seria uma categoria ;)
Existem os címbalos, que se parecem com pequenos pratos de bateria, mas mais grossos, que têm um elastico de maneira a que se possam por nas pontas dos dedos, e a ideia é bater um pratinho contra o outro - produz um som muito zen, comparável com as taças tibetanas mas mais agudo, e as dançarinas usam no mais ou menos da mesma forma que as flamencas com as castanholas;

Há a pandeireta, um disco que se pode bater na face (feita de pele de camelo normalmente, esticada) ou chocalhar os discos metálicos laterais - normalmente as dançarinas batem a pandeireta na anca ou no ombro do braço oposto ao que está a segurar o instrumento, no meio de muito movimento e saltinhos - é uma dança muito versátil, pois aqui a dançarina também tem algum controlo sobre o ritmo que quer, produzindo-o ela mesma;





Há a bengala, que é de facto uma bengala, que normalmente chega à cintura da dançarina, mesmo abaixo do externo - pode ter uma ou mais cores, em espiral; é bastante leve e fina, não mais que 1 a 1,5cm de diâmetro. Comparável com o cavalheiro que a mostrar satisfação, faz rodar a sua bengala ao seu lado, as bailarinas fazem um passo parecido - também equilibram a bengala na cabeça enquanto dançam; para provocar mais impacto, fazem bater a parte curva com força no chão muito rapidamente - também a equilibram na anca ou seguram-na simplesmente com as mãos à sua frente como uma dançarina de jazz.

A espada é utilizada de forma parecida, trazendo sempre aquela imagem mais "perigosa" - esta-rosa-tem-espinhos tipo de ambiente, mas muito, muito lindo.






Temos também as asas de Ísis, que consistem em tecido drapeado, que se usa como uma capa, prendendo o centro do tecido ao pescoço e as pontas contendo varas para a bailarina poder ter maior controlo sobre o movimento do tecido. Os movimentos requeridos para dançar com as asas são geralmente muito vastos, largos e grandiosos, para melhor tirar proveito desta forma, independentemente do ritmo - pode se dançar com musica mais lenta ou mais ritmada.

Existe também o que é na minha opinião, uma versão mais Extremo Oriente (china, coreia, tailandia) do véu, que são os chamados leques-véu. Na minha opinião, com estes objectos é possivel fazer uma linda simbiose entre a dança oriental que dá primazia às formas femininas, com as danças do leque chinesas, que dá mais enfase à beleza "discreta" e humilde do leque.





Mexendo agora com outro tipo de estética, brincando com a luz. Pode se dançar também com velas, tanto nas mãos como na cabeça! Neste segundo caso, é quase como ter de dançar com um enorme candelabro iluminado na cabeça. Requer muito equilibrio, destreza e concentração, mas, ui!, se não vale a pena!

O vídeo abaixo mostra um excerto de uma das maiores artistas pop, Shakira, a dançar dança oriental (a mãe dela é libanesa, e ela aprendeu novinha a dança do país da sua mãe), com o dito candelabro na cabeça.

Não fiz mais que tocar na superfície de tudo o que há para saber sobre a dança Oriental, a chamada dança do ventre. Tenho sorte apenas em ter contacto com ela todos os dias e poder dançá-la sempre que quiser! Quem quiser saber mais acerca da dança, da sua história, e, no fundo, ter mais contacto, visitem este blog, que eu achei muito interessante e informativo!

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